domingo, 20 de março de 2011

Budismo para iniciantes


Vale a pena ler de novo - Transformar a circunstância negativa em boa sorte

Edição 510 - Publicado em 20/Fevereiro/2011 - Página 50
Trechos do romance Nova Revolução Humana, de autoria do presidente da SGI, Daisaku Ikeda
— Sei que a maioria dos senhores perdeu todos os bens numa única noite. Contudo, se mantiverem a prática da fé e acreditar no Gohonzon, conseguirão, com toda a certeza, acumular boa sorte e benefícios muitas dezenas de vezes maiores do que os bens que perderam. Nitiren Daishonin nos ensina, por meio de seus escritos, que o fato de depararmos com esse tipo de desastre, apesar de estarmos praticando a fé, é justamente uma prova de que o que seria um sofrimento ainda maior se manifestou de forma amenizada na vida presente. Esta é uma prova da extinção do carma negativo. Tenho a certeza de que um dia os senhores sentirão realmente a veracidade desse princípio. E isso está claro na seguinte frase: “Os devotos do Sutra de Lótus são como o inverno. O inverno nunca falha em se tornar primavera”. Portanto, não há dúvida alguma de que conquistarão a felicidade no futuro. Além disso, o verdadeiro valor de uma pessoa é determinado pela postura que assume justamente na hora mais crucial da vida. E é nessa hora que é preciso existir pessoas de coragem e de esperança para que outras se sintam animadas e encorajadas. Os senhores, que são membros da Gakkai, possuem a missão de incentivar e proporcionar coragem a seus familiares, bem como aos amigos da vizinhança. Espero que façam dessa calamidade um trampolim para o desenvolvimento da prática da fé e, assim, criar uma admirável prova do princípio que ensina a “transformação do veneno em remédio”. E, por fim, comprovarem a vitória da fé na vida.
— Mesmo quando estiverem participando das atividades ou orando ao Gohonzon, o mais importante é a profunda determinação no âmago da vida. Se a fé for apenas formal e superficial, arrastada pela rotina e pela obrigação, não existirá a verdadeira alegria nem a iluminação. Se atuarem com forte determinação, sentirão alegria nas atividades da Soka Gakkai, seu semblante ficará melhor e terão sabedoria no serviço. E mesmo que haja obstáculos e sofrimentos no percurso da vida, conseguirão realizar a transformação do veneno em remédio e atingirão a iluminação. Ao contrário, mesmo que por um momento aparentem estar bem, se perderem a fé, o que os espera é a miséria. Nesse caso, a vida será uma derrota. A vitória ou a derrota dependerá da forma como vivemos, e se conseguiremos receber a morte com tranquilidade, satisfação e alegria. E isso decidirá a trajetória para a felicidade eterna pelas três existências. Nos ensinamentos cristãos, existe o conceito de “Juízo Final”. Porém, não é algum ser onipotente que vai julgar as pessoas; cada um será julgado pela lei de causa e efeito da vida.
(NRH, v. 6, p. 226-233)
Shin-iti enfatizou:
— Ao longo da vida acontecem diversas situações como falência nos negócios, perda de emprego, doença, acidente de carro e morte de entes queridos. Ninguém está livre dessas questões. Podemos até dizer que a vida é uma sequência dessas provações. Então, pensemos de que forma podemos coroá-la de vitórias sem sermos derrotados. O Budismo nos ensina o princípio da “transformação do veneno em remédio”, isto é, transformar uma circunstância negativa em boa sorte e benefícios. Assim, um fator muito importante na prática budista é cultivar a forte convicção nesse princípio. De outro ponto de vista, esse princípio nos ensina que, para se obter o “remédio” chamado felicidade e iluminação, é preciso vencer as dificuldades denominadas “veneno”. Portanto, os sofrimentos são como “sementes” que fazem florescer a felicidade. Dessa forma, não devemos temer as adversidades. Pelo contrário, devemos desafiá-las e vencê-las.
Depois de uma pausa, Shin-iti continuou:
— Nós somos Bodhisattvas da Terra que surgiram neste mundo dotados da natureza do Buda para salvar os povos dos Últimos Dias da Lei. Por isso, jamais ficaremos presos num impasse da vida. Uma pessoa é infeliz não porque enfrenta um sofrimento, mas porque cai no desânimo e desespero.
Todos ouviam atentamente as palavras repletas de convicção e já sentiam que eram capazes de superar os problemas decorrentes do temporal.
— Outro ponto importante é saber a profunda razão de passar por uma situação difícil. Se nossos companheiros que sofreram diretamente os danos provocados pela tempestade conseguirem reconstruir a vida, transformando o veneno em remédio, provarão com certeza a grandiosidade do Budismo na sociedade em que vivem. E isso é justamente a razão de estarem passando agora por um sofrimento. Por favor, transmitam a esses companheiros minhas seguintes recomendações: “Não sejam derrotados pelas adversidades que enfrentam no presente momento. Superem-nas e vençam-nas. Estarei recitando Daimoku fervorosamente para o pronto restabelecimento de meus caros companheiros!”
Shin-iti considerava como reis-leões as pessoas que não se deixavam derrotar pelos problemas da vida.
(BS, edição no 1.929, 1o de março de 2008, p. A11.)

sexta-feira, 11 de março de 2011


Os Encantos da Filosofia Budista - Para Iniciantes


Carma - parte 2

Edição 2070 - Publicado em 05/Fevereiro/2011 - Página A6

O significado da transformação do carma

Três categorias de ação
São: pensamentos, palavras e ações. Por meio das três, o carma é formado. De um outro ponto de vista, a vida de uma pessoa define-se pela forma como ela pensa, fala e age.
Carma são valores
Carma, portanto, são os valores de uma pessoa. Esses valores que partem do coração são os que definem a vida. E eles não desaparecem com a morte. Por isso, é tão importante ficar atento ao “tesouro do coração”.
Carma e Chakubuku
Mudar o coração de uma pessoa é modificar o próprio carma. Por isso, o Chakubuku é a verdadeira prática da transformação cármica. Tal prática transforma tanto o coração do apresentador, que se esforça em fazer alguém feliz, quanto do convidado, que se torna feliz, ao superar seu sofrimento apoiado pelo apresentador.
Carma é energia
Essa energia cármica só é superada pela energia vital do estado de Buda. Tal energia é absoluta e não sofre influência do carma; pelo contrário, o influencia.
A energia vital
A energia vital do estado de Buda é absoluta porque se baseia em valores universais. Um buda é guiado pelo supremo valor da dignidade da vida. Ou seja, um valor universal, inerente a tudo e a todos e que nunca muda. Os seres humanos possuem esse valor no âmbito mais profundo do seu ser. Basta, apenas, torná-lo manifesto.
Vida e morte
Com relação à vida e à morte, pode-se afirmar que a “vida” é quando a energia do carma assume uma forma fixa; e a “morte”, é quando a vida deixa de ser forma e torna-se una com a vida do Universo como um fluxo de pura energia.
A influência das ações
O presidente Ikeda comenta: “O que continua após a morte? A conclusão de Sakyamuni é que o carma continua. Nossas circunstâncias na presente existência são o efeito de nossas ações passadas (carma), e nossas ações no presente determinam as circunstâncias de nossas ações no futuro. Ou seja, a influência de nossas ações prosseguem de uma existência para outra, transcendendo a vida e a morte. Essencialmente, é a energia do carma que continua além do nascimento e da morte”. (Brasil Seikyo, edição no 1.520, 21 de agosto de 1999, pág. 3).
Uma visão interessante
A energia cármica não se limita apenas ao indivíduo, pois ela interage com a energia cármica dos outros. Numa dimensão interior da vida, essa energia cármica latente funde-se à energia latente da família desse indivíduo, do grupo étnico e da humanidade. Da mesma forma, funde-se com a energia dos animais e das plantas.
Voltando ao ponto
O que liberta uma pessoa de seu carma é quando ela sabe como transformá-lo. Esse saber é a sabedoria do Buda que iluminará todos os pensamentos, palavras e ações. O Budismo explica o carma para mostrar como transformá-lo.
Para mudar o carma
É preciso manter os olhos fixos na própria vida. É estar disposto a mudar o próprio coração, os próprios valores. Em outras palavras, é a revolução humana.
Enfrentando o carma
Para tanto, ao fazer um juramento de manter a vida na órbita do Buda e enfrentar as dificuldades, é necessário um coração repleto de energia vital. Em outras palavras, é necessária uma firme fé na própria natureza de Buda.
Iluminação
Sobre isso, o presidente Ikeda orienta: “Quando enfrentamos nosso carma diretamente, podemos evidenciar nosso potencial para a iluminação. Não limitamos também nossa atenção ao carma pessoal. Quando nos libertamos das amarras do carma, precisamos nos dedicar em ajudar outras pessoas que também estão sofrendo a fazerem o mesmo. Em última instância, precisamos prestar atenção à tarefa de transformar o carma de toda a humanidade. Este é o caminho para a iluminação de si próprio e o de outros. Ao mesmo tempo em que nos empenhamos para transformar nosso próprio carma, ajudamos nossos amigos a transformarem o seu também. É para essa finalidade que existem as atividades da SGI. Este é o caminho fundamental e correto da prática budista”. (Terceira Civilização, edição no 433, setembro de 2004, pág. 18.)
Firme fé
A forma de colocarmos em prática a “firme fé em nossa própria natureza de Buda” é realizando o Chakubuku.
Conclusão
“Nós não focalizamos nosso carma somente para saldar nosso ‘débito cármico’ e fechar o balanço em zero. Nosso objetivo é transformar nossa ‘conta negativa’ num grande ‘saldo positivo’. Este é o princípio da transformação do carma no Budismo de Nitiren Daishonin. E é a natureza de Buda existente na vida de todas as pessoas que torna isso possível. O desafio de transformar o carma é sustentado pela firme fé em nossa própria natureza de Buda.” (Ibidem).
Envie comentários e sugestões de novos temas para brseikyo@brseikyo.com.br


Os Encantos da Filosofia Budista - Para Iniciantes


Budismo é vitória ou derrota

Edição 2071 - Publicado em 12/Fevereiro/2011 - Página A6

A chave para vencer sempre!

Vitória ou derrota
Não se trata de duas opções. E sim uma única opção. Para um budista, é apenas vitória. Para quem vive de acordo com o ritmo do universo, existe somente a vitória. A derrota é viver fora desse ritmo. Portanto, Budismo é vitória “ou” derrota. E não, vitória “e” derrota.
Supremo Líder do Mundo
“O Budismo preocupa-se principalmente com a vitória ou a derrota, ao passo que a autoridade secular baseia-se no princípio da recompensa e da punição. Por essa razão, um buda é visto como o Supremo Líder do Mundo, enquanto um rei é considerado como aquele que governa conforme sua vontade.” (TC, edição no 440, abril de 2005, pág. 14.)
Recompensa e punição
O senso comum baseia-se nas questões imediatas, em ganhos e perdas imediatos. Afinal, o que é valorizado é o externo, tais como aparência, status, conquistas ou perdas materiais etc.
Postura acomodada
Alguém que vive baseado na visão de recompensa e punição atribui as causas do sofrimento a algo externo e não se sente responsável e nem capaz de mudar. Essa pessoa assume uma postura acomodada de esperar que tudo se resolva.
Por exemplo
Uma pessoa que gasta mais do que ganha vive em dificuldades financeiras. Ela pode culpar seu “mau carma” pela sua “má sorte”?! Não. Ela é a responsável pela situação.
Exemplos não faltam
Basta observar a vida em sociedade. Existem cidadãos que só agem em prol do bem comum se souberem que serão punidos ou recompensados.
Transformar é o que importa
A vitória ou a derrota não é definida pelo exterior, mas, sim, pelo interior. Em outras palavras, a vitória é não se abalar diante de nada. Vitória não é apenas melhorar, é transformar a vida.
A mensagem principal
“Não fuja dos problemas!” “Enfrente-os!” Enfrentar é saber como resolver e vencer. Quando se tem a certeza da vitória, se enfrenta qualquer situação.
E o Budismo?
Somente enfrentar não resolve. É preciso vencer. E o Budismo ensina a enfrentar. E como vencer. Afinal, Budismo é vitória ou derrota!
Pré-requisito para a vitória
Para vencer, é preciso que a Lei Mística esteja ativa na vida diária.
Somente a vitória
Para um praticante do Budismo, existe somente a vitória. Vitória é quando a Lei está ativa na vida. E derrota é quando está inativa, ou seja, quando está fora do ritmo e habitando os estados baixos de vida.
Inabalável
A vitória é um estado de vida inabalável, independentemente de qualquer situação.
Por que este estado 
inabalável é essencial?
Para alguém que habita esse estado de vida, tudo é motivo de alegria, tudo é motivo de uma vitória ainda maior. Sejam circunstâncias positivas ou negativas, elas serão a matéria-prima de uma grande vitória. Por isso, para um verdadeiro budista, a única coisa que existe é a vitória. No estado de Buda, a derrota é apagada e a vitória realçada.
Coração
Observe o coração, pois ele é o mais importante. Você está com o ânimo em alta? Sente alegria? Energia vital transbordante? Então, você vive na sintonia da Lei Mística. É um vitorioso. Você se sente iluminado porque tem clareza de ideias, sabedoria para conduzir sua vida e a de outras pessoas na melhor direção.
Se for não
E se a resposta para as perguntas acima for não? Tem solução! O que fazer neste caso?
Um racícionio simplificado
Uma “lei” depende de alguém para funcionar. Do contrário, permanece latente, num estado em potencial. Para a Lei Mística funcionar, é preciso que alguém a propague. Lembre-se: “A voz executa o trabalho do Buda”.
Por que propagar?
A Lei Mística aborda o respeito à dignidade suprema da vida. Ela ativa o estado iluminado de uma pessoa. Como viver no estado de Buda? O ato de propagar essa Lei significa vivenciá-la. Chakubuku é o diálogo de um buda com outro buda. Sobre o solo desse respeito mútuo nasce a bela flor da Lei Mística. Em outras palavras, ela torna-se manifesta na vida das pessoas envolvidas.
Como propagar?
Estar feliz por orar ao Gohonzon é o suficiente. Quando uma pessoa compreende a grandiosidade do Gohonzon, naturalmente fala aos outros sobre a prática. Essa compreensão a conduz à ação de realizar o Chakubuku.
Chakubuku é vitória
O benefício do Gohonzon é você estar apto a propagá-lo. Fazer o Chakubuku é a vitória em si. Isso porque você vive num estado no qual é capaz de fazer tudo se tornar motivo de uma grande vitória.
Chakubuku é proteção
“Ao fazermos o Chakubuku, se falarmos às pessoas sobre este Budismo sempre quando houver uma oportunidade, a boa sorte que acumulamos ao realizar isso protegerá nossa família e nossos descendentes.” (Brasil Seikyo, edição no 1.549, 25 de março de 2000, pág. 3.)
Chakubuku é o alicerce
“Aqueles que corajosamente conduzem a prática do Chakubuku desenvolvem um alicerce de boa sorte tão sólido e firme quanto o concreto. Nenhuma maldade poderá destruí-los. Entretanto, aqueles que evitam a prática da propagação, por mais alto que seja sua posição, são tão fracos quanto o latão e, no momento crucial, desmoronarão.” (Ibidem).
Chakubuku é a sua única lembrança
”Nesta minha existência, quantas pessoas ajudei a ser felizes? Quantos podem dizer que é por minha causa que conhecem a felicidade? No final, isso não é tudo o que permanece? Nitiren diz: ‘Ore firmemente o Nam-myoho-rengue-kyo e diga às pessoas para fazerem o mesmo; essa será a única lembrança de sua vida presente neste mundo humano’”. (Ibidem).

quinta-feira, 10 de março de 2011

Carma



No Ocidente, costuma-se associar a palavra “destino” a carma. Contudo, “destino” e “carma” possuem bases de ensinamentos e crenças totalmente distintas.
Entre alguns dos significados da palavra “destino” estão: encadeamento de fatos supostamente fatais, fatalidade; fado, sorte ou ainda, entidade misteriosa que determina as vicissitudes da vida.1 Esse termo está intrinsecamente ligado à crença da existência de um ser supremo, que predetermina para cada ser uma sorte e condições diversas, conforme sua vontade e consideração. Cada pessoa vive sua existência sobre trilhos já preestabelecidos. As pessoas, nesse caso, são meros coadjuvantes numa grande peça teatral na qual não lhes cabe a opção de alterar seu roteiro.
A palavra “carma” tem sua origem no sânscrito karma ou karman e significa “ação”. O budismo prega que a vida é eterna e que é o carma que determina a trajetória de uma pessoa, ou seja, as ações por ela praticadas é o que traça sua sorte nesta existência e nas futuras, assim como suas ações de um tempo passado são os fatores que definiram sua realidade atual. Ao estabelecer um paralelo com o termo “destino”, pode-se dizer que carma é uma espécie de destino que está constantemente sendo atualizado e alterado conforme as ações do indivíduo, sendo ele o único responsável, tanto pelo presente como pelo futuro. Neste caso, cada pessoa é protagonista de sua grande peça na qual ela própria é roteirista e diretor.
As ações às quais o budismo se refere são identificadas como três: física, verbal e mental. Isso significa que uma pessoa forma o carma pelos seus atos, suas palavras e seus pensamentos. Mesmo que não se traduza os pensamentos em palavras ou atos, e mesmo que ninguém mais saiba, essa “ação” em si já registrou um efeito para sua vida. Outro princípio budista a ser observado é a lei de causa e efeito que elucida que toda causa produz ou registra seu efeito no exato momento em que foi praticada, sendo que esse efeito pode se manifestar imediatamente na vida da pessoa, num tempo futuro, na existência seguinte ou mais além, dependendo do grau de importância dessa causa, tanto boa como má, e ainda conforme estímulos e condições externas. Para cada causa, haverá sempre um efeito correspondente.
A seqüência para a formação do carma ocorre da seguinte maneira: primeiramente, as intenções —tanto positivas como negativas— agem na mente da pessoa. Em seguida, essas intenções originam palavras ou ações manifestas. Os efeitos dessas causas (pensamentos, palavras ou ações) ficam registrados na vida como uma espécie de força ou energia latente que irá compor seu “destino”.
O grau do carma que a pessoa forma depende da força da intenção. Quanto maior for, mais intenso será esse registro. Por exemplo, quanto maior o ódio que uma pessoa alimenta, maior será o grau do efeito que se manifestará em sua vida. Conforme os pensamentos ou intenções vão sendo expressos em palavras ou ações, o grau do carma formado torna-se cada vez maior. A quem é direcionado esse ódio também é um fator que deve ser considerado. No Gosho “Carta aos Irmãos”, Nitiren Daishonin exemplifica essa questão: “Para simplificar, se alguém golpear o ar, seu punho não ficará ferido, mas se bater numa rocha, sentirá dores... A gravidade de um pecado depende de quem ferimos.”
Todo o carma formado a cada instante da vida é acumulado num repositório chamado alaya, ou oitava consciência. Todas as experiências são depositadas nessa consciência e elas o acompanham por todas as existências, passando pelo ciclo de nascimento e morte. As ações cármicas, positivas e negativas, continuarão a existir na consciência alaya até que encontrem situações propícias para manifestar seus efeitos. A força dessas ações depositadas como energia latente nunca diminui nem desaparece por si só. Ela sempre se manifestará. Mas, como tudo depende de cada indivíduo, ele próprio possui as condições de transformar seu mau carma e direcionar sua vida para a felicidade, além de amenizar seus efeitos cármicos. O modo mais rápido para obter essa transformação é recitar o Nam-myoho-rengue-kyo, ou a Lei Mística que permeia todo o universo, e atuar em benefício de outras pessoas realizando o bem maior, ou ensinar-lhes o caminho dessa felicidade.

Nota:
1. Michaelis: Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo, Companhia Melhoramentos, 1998.
Fonte:
TERCEIRA CIVILIZAÇÃO, EDIÇÃO Nº 396, PÁG. 12, AGOSTO DE 2001.

quinta-feira, 3 de março de 2011

PROGRAMAÇÃO DO MÊS DE MARÇO

Dia
Div
                                      Atividades
horário
local
1 ter
DF
mamorukai  
08às11h
kaikan
2 qua

   


3 qui
5D
 Entrevista para concessão  e conversão  de gohonzon      
19h
KK
4 sex




5 sab




6 dom

Dia dos grupos horizontais
13:00
CCSJC
7 seg




8 ter




9 qua




10 qui




11 sex
5D
Bloco      Recebimento do impresso    e      recibo do Kofu
19:00
D. Nair
12 sab

Dia dos grupos horizontais
13:00
CCSJC
13 dom

Reunião de Agradecimento do Kofu
9:00
Kaikan
14 seg
5D
Daimoku tosso da RM
19:00
kaikan
15 ter
DS
Encontro do Dinâmico Avanço
19:00
kaikan
16 qua
5D
Bloco Bs 2070 -2071-
19:00
D. Nair
17 qui




18 sex




19sab
DE
5DV
DJ                        
Sucessores de Ikeda
Budismo na vida Diária
DUNI  por distrito
15:00
19:00
17:00
Kaikan
Sandra
kaikan
20dom
5D
5D
DFJ
DMJ
Cerimônia de concessão e conversão de Gohonzon
Muktirão de visitas Hantyos acima
Ikeda Kaio Kai
Heróis do intrépido Espírito de Luta
15:00

16:00
15:00
Kaikan
kaikan
Kaikan
Kaikan
21 seg

Daimoku tosso do bloco
19:00
Suselle
22 ter




23 qua




24 qui




25 sex




26 sab
5D
PALESTRA DO BLOCO OURO VERDE.
17:00
kAIKAN
27 dom




28 seg
DJ
Daimoku Tosso da DF da RM.
19:00
Kaikan
29 ter




30 qua




31 qui

Entrevista de concessão e conversão de Gohonzon
19:00
Kaikan

Por que devemos
estudar o budismo?
A prática da fé no Budismo de Nitiren Daishonin tem como base três pontos fundamentais — fé, prática e estudo — e deve estabelecer-se nesses três alicerces sem nenhuma exceção.
Numa linguagem bastante simples, a fé é acreditar — no caso, ter convicção no budismo; a prática é aplicar e agir baseado naquilo que se tem fé; e o estudo é entender o que se tem fé e o que aplicamos na vida.Como pode ser visto a seguir, caso falte um desses pontos, então já não será mais o Budismo de Nitiren Daishonin. Se uma pessoa tem fé (isto é, acredita) possui convicção no budismo. Se se uma pessoa estuda (isto é, entendo aquilo que acredita), porém não coloca em prática, então a prática da fé torna-se ilusão, utopia. Se uma pessoa estuda (entende o que pratica), coloca em prática aquilo que entende mas não tem fé, então a prática da fé torna-se rotina — não há entusiasmo nem motivação, pois não existe convicção. Se tem fé, acredita, coloca em prática aquilo que tem fé, mas não estuda, então a prática da fé se torna fanatismo. Tem convicção, mas não compreende o porquê.
Todos abraçamos o budismo com muita fé, com a determinação de conduzi-la por toda a vida. Porém, essa fé deve ser norteada sempre para o sentido construtivo da revolução humana de nossa vida. Isto porque uma fé, mesmo forte, porém má direcionada, pode nos levar a caminhos errados.
No capítulo “Vitória” da Nova Revolução Humana, o presidente Ikeda escreve: “O estudo do budismo é como as placas de sinalização do caminho da prática da fé, pois a fé, tal como um sentimento, é algo volúvel. Mesmo uma ardente fé pode esfriar facilmente e tornar-se vulnerável. Por essa razão, o estudo do budismo torna-se importante para iluminar o caminho a seguir na vida e na prática da fé. Além disso, proporciona uma formação filosófica de como conduzir a vida como budista.”